Tuesday, September 05, 2006

 

Surrealismo Português


A mosca Albertina, que ele domesticava.
Vem agora ao papel, como um insecto-insulto,
Mas fingindo que o poeta a esperava...

Quase mulher e muito mosca,
Albertina quer o poeta para si,
Quer sem versos o poeta.
Por isso fica, mosca-mulher, por ali...

Alexandre O'Neill


A CABEÇA DE ARCAIFAZ(SISMO)

Localização fonética:
a) A cabeça: onde cabe a eça. Popª.:
cabe a eça agora.
b) de Arcaifaz (sismo): o ar (que)
cai, faz (produz) sismo. Faz sismo:
o ar cai. Caindo o ar, fica o caifascismo,
o que dá cai, dá sismo, e retira o ar que
caiu. Por isso se diz que não há ar onde
há alguém que faz sismo., podendo no
entanto sufixismar-se o prefixo, o que
dará o CAIFAZCISMAÇÃO, sublimação da cisma
de Caifaz.
Mário Cesariny de Vasconcelos, Poesia, 1961
é pah, estes poemas são um espelho, um reflexo da imagem que tenho de voçês... para mim voçês são bué surreais...yahhhh...tão a captar a cena?...são mais magnânimos que a vida...voçês são o sonho....blerrrrrrrrrrpppppppppppppppppppp....(momento de fanhosice emocionada no clinex) ...prontos, era só isto..

Sunday, August 06, 2006

 

Poema à desgarrada....(dá-lhe BIC...dá-lhe SEBENTA)

Caros portentosos amigos raçudos,
quero aqui lançar um desafio à vossa criatividade e sensibilidade de poetas...e o desafio será escrever um poema à desgarrada, ou seja, cada um de nós participa na criação da obra poética lançando os versos ao desafio. Se formos a analisar bem as coisas, isto até nem é nada de novo, pois foi mais ao menos assim que nasceu o nosso bemfadado clube. O que há de novo é a analogia ao Fado, como repararam, porque sou gaja cantadeira como algum de vós bem saberão...ou não :P
E como cada fadista tem o seu Pacheco a acompanhá-lo com a guitarra , nós também têmos "acompanhamento"...então cá vai disto....DÁ-LHE BIC...DÁ-LHE SEBENTA....

Nos meus tempos de jovem emigrante
aiii eu parti para uma terra tão distante
no coração levei saudade, na mala um CD do Marante
e um galo de Barcelos para pôr em cima da estante

bem, enfim, foi o que se pode arranjar....continuem com isto... :D

Friday, July 21, 2006

 

Embriaga-te



Devemos andar sempre bêbados.
É a única solução.
Para não sentires o tremendo fardo do tempo que te pesa sobre os ombros e te verga ao encontro da terra, deves embriagar-te sem cessar.
Com vinho, com poesia, ou com a virtude.
Escolhe tu, mas embriaga-te.
E se alguma vez, nos degraus do palácio, sobre as verdes ervas de uma vala, na solidão morna do teu quarto, tu acordares com a embriaguez atenuada, pregunta ao vento, à onda, à estrela, à ave, ao relógio, a tudo o que passou, a tudo o que murmura, a tudo o que gira, a tudo o que canta, a tudo o que fala; pergunta-lhes que horas são: “São horas de te embriagares. Para não seres como os escravos martirizados dos Tempo, embriaga-te sem descanso. Com vinho, com Poesia, ou com a virtude”.



Charles Baudelaire
E aqui a Tina Maria pergunta :
E porque não com Sumol de Ananás, hummm?!?

Monday, July 17, 2006

 

Arte

SEMPRE A CONSIDERAR-VOS, NÃO ME PERDOARIA SE NÃO VOS ACONSELHASSE A VISITAR ESTA INTERESSANTE EXPOSIÇÃO QUE SE ENCONTRA NA "FUNDAÇÃO DE SERRALVES".

AQUI SEGUEM ALGUMAS SUGESTÕES.
AGORA VENHAM-ME DIZER QUE OS NOSSOS SUBSÍDIOS NÃO SÃO BEM EMPREGUES ...

DIGAM!!!

Thursday, June 29, 2006

 

Verdes são os campos



Verdes são os campos
da cor do limão:
assim são os olhos
do meu coração.

Campo que te estendes
com verdura bela;
ovelhas, que nela
vosso pasto tendes:
d’ervas vos mantendes
que traz o Verão,
e eu as lembranças
do meu coração.

Gado, que paceis,
co contentamento
vosso mantimento
não o entendeis;
isso que comeis
não são ervas, não:
são graças dos olhos
do meu coração.


Luís de Camões


Pronto, hoje acordei, como hei-de dizer, com um estranho sentido florestal e lembrei-me deste poema
espero que apreciem

Tuesday, June 27, 2006

 

Café...

Para quando um café de raçudos?
Acho que chegou a hora de marcarmos um cafezito para o pessoal voltar a fazer uns poemas...
Fico à espera de sugestões
Bjinhos

Saturday, June 24, 2006

 

Desta vez não é um poema



Para quem acha que as vezes já não há paciência para suportar as fantásticas histórinhas à volta da selecção que todos os dias temos de gramar porque, vejas que canal vires , não consegues escapar, aqui vós deixo, amigos raçudos, uma parte de uma crítica que saiu na revista do jn ou do dn ou lá que jornal era, da semana passada. o autor é um senhor chamado Tiago Rodrigues

Hoje é o dia!

É hoje que tudo pode decidir-se. O País inteiro estará de olhos postos na televisão. Os cardíacos tomam os seus comprimidos em dose reforçada. As donas de casa passam a ferro as bandeiras. Os deputados abandonam por momentos a árdua tarefa de não ter a mínima ideia do que estão a fazer com o dinheiro dos contribuintes. Hoje é o dia e estamos todos nervosos. Hoje é o dia do jogo que pode decidir tudo. Na cabeça de todos os portugueses só há uma pergunta: quem irá vencer o desafio entre a República Checa e o Gana? Gritemos a uma só voz: Ga-na, Ga-na, Ga-na!

Relíquias

Já não há paciência para as reportagens “originais” que todos os jornalistas insistem em fazer à volta da selecção. Do carro pintado com as cores da bandeira até ao senhor de capachinho com o corte de cabelo do Cristiano Ronaldo, tudo é notícia. Nestes dias de fervor futebolístico, se o Luís Figo limpar a cara a uma toalha e deixar alguma marca de suor, ela passa imediatamente a ser o Santo Sudário. Ups! Acho que já dei uma ideia para mais uma reportagem candidata ao Pulitzer.

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